Como as agências de viagens online expandem o seu alcance global e apoiam os alojamentos independentes

Em Booking.com, acreditamos no poder positivo das viagens, e é por isso que gostaríamos de ajudar a quantificar o impacto das agências de viagens online (OTA) na indústria global de turismo.

Nesta série de três partes, revelamos os maiores temas do nosso estudo com a Oxford Economics: “O impacto económico das agências de viagens online”, que abrangeu a Europa, a região Ásia-Pacífico, e ainda os EUA e Canadá.   

Nesta peça final, veremos como as OTA (1) ajudam os parceiros a conectarem-se com um público global maior e (2) ajudaram as propriedades pequenas e independentes a competirem com grandes marcas.

Globalização

Anteriormente, os anúncios na televisão e nas revistas, assim como o boca a boca, eram alguns dos únicos meios de exposição. Mas com o surgimento das OTA, os parceiros de alojamentos têm agora potencialmente milhões de novos clientes ao seu alcance. 

As OTA ajudam os parceiros de alojamentos a atraírem clientes que, de outra forma, seriam difíceis de alcançar devido à sua distância. A tecnologia utilizada nestas plataformas facilita a partilha de disponibilidade e aceitarem vários métodos de pagamento é vantajoso quer para os alojamentos e quer para os viajantes. E, quando se trata de marketing, as plataformas online são capazes de atingir os consumidores globalmente em vários idiomas através de publicidade, performance marketing, patrocínios e muito mais.

“Se Booking.com desaparecesse amanhã, teria um grande impacto”, refere Lisa Fraser, proprietária da casa de campo Frasers no Reino Unido. “Um pequeno negócio como o meu não pode pagar o nível de marketing que a plataforma faz. Seria muito difícil substituir as funcionalidades que faz pelos nossos clientes em termos de exposição, o que depois se traduz em reservas."

De acordo com o estudo, os viajantes internacionais representam uma percentagem significativamente maior de reservas em OTA do que o resto do mercado de viagens. Na Europa, a grande maioria das noites adicionais foram geradas em resultado de visitas internacionais. Em 2019, 111,2 dos 134,1 milhões de noites incrementais atribuídas às plataformas online foram para viajantes internacionais. Nesse mesmo ano, fizeram 60% das reservas das OTA na Ásia-Pacífico. E nos EUA, as viagens domésticas dominam há muito as viagens internacionais (5 a 1), mas enquanto apenas 15% das noites foram reservadas por visitantes internacionais em 2019, o número foi três vezes maior nas OTA.

A pandemia e as restrições de viagem associadas tornaram difícil, ou mesmo impossível, viajar para o estrangeiro. Apesar disso, os visitantes internacionais ainda constituíam a maioria das reservas das OTA tanto na Europa como na Ásia-Pacífico em 2020 e 2021. 

Pequenos mas poderosos

O estudo mostra que os hotéis mais pequenos e independentes beneficiam mais das OTA. As plataformas online oferecem às propriedades menores a oportunidade de se promoverem para viajantes de todo o mundo, o que lhes dá as mesmas oportunidades que as propriedades maiores que já possuem uma presença global estabelecida. Como resultado, as OTA também ajudam a preservar o ecossistema único e diversificado de propriedades independentes do mundo.

Na Europa e Ásia-Pacífico, as reservas incrementais, que são geradas graças às plataformas online, referem-se principalmente a alojamentos independentes. Se olharmos para o mercado global na Europa, as vendas estão quase uniformemente divididas entre marcas de cadeias e hotéis independentes. Mas quando olhamos para as OTA, a proporção é de 2 para 1 a favor dos hotéis independentes. Na Ásia-Pacífico, as cadeias hoteleiras geram mais vendas do que os hotéis independentes no mercado geral, mas as agências de viagens online registam o fenómeno oposto a favor dos hotéis independentes.

Nos EUA, a quota de reservas efetuadas para alojamentos independentes através de plataformas online é significativamente superior à média do mercado. As cadeias hoteleiras dominam o mercado, onde os alojamentos independentes representam menos de 1⁄3 no total das vendas. Como as plataformas geram reservas incrementais, estas são predominantemente de hotéis independentes.

A vantagem para alojamentos alternativos – como villas e casas de férias – não é bem a mesma. Na Europa, a percentagem de vendas é quase uniformemente dividida entre hotéis e alojamentos alternativos. 

Os clientes têm tendência a serem um pouco mais orientados para os alojamentos alternativas ao reservarem através de uma OTA. Em 2019, a quota de vendas na Ásia-Pacífico foi dividida quase igualmente entre hotéis e alojamentos alternativos, tanto para o mercado como um todo quanto para reservas em OTA Mas nos anos 2020-2021, 55-58% das reservas através de OTA foram para hotéis face aos 43% da totalidade do mercado. E nos EUA, os alojamentos alternativos compreendem a cerca de um quarto das vendas através das plataformas online. Aliás, a quota de vendas totais dos alojamentos alternativos diminuiu nos últimos anos, de 28% em 2019 para 24% em 2021. 

Ponto-chave

Ao tirarem partido da mais recente tecnologia, as OTA expandem o mercado, criam visibilidade global instantânea para as propriedades registadas (particularmente importante para alojamentos independentes), solidificam a confiança dos clientes e, finalmente, contribuem para o sucesso dos seus parceiros de alojamentos.

Perdeu um artigo anterior desta série? Consulte os nossos outros artigos: Como a confiança dos clientes e os preços competitivos podem aumentar as reservas e Como as agências de viagens online ajudam a dissipar o turismo e a promover o crescimento.