AirDNA’s Chief Economist reveals 2023 vacation rental trends

O Chief Economist da AirDNA revela as tendências dos alojamentos para férias para 2023

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Jamie Lane, Chief Economist da AirDNA, revela os dados do sector dos alojamentos para férias, analisando oportunidades e fazendo previsões sobre o que o futuro pode reservar.

Como é o cenário para os alojamentos para férias? Jamie Lane, Chief Economist da AirDNA, partilhou alguns dos seus dados ao monitorizar mais de US$ 148 mil milhões de receita em 12 milhões de alojamentos para férias em 2022.

Embora o foco tenha sido principalmente no público americano, aqui estão algumas das ideias mais interessantes que partilhou sobre o mundo inteiro com base nos dados da AirDNA. 

1. Os mercados globais estão a recuperar – mas a velocidades diferentes

De acordo com os dados da AirDNA, os EUA ficaram “totalmente recuperados” em termos de procura por alojamentos para férias a partir de abril de 2021. A Europa recuperou durante o verão de 2022, com 1 ano de atraso, enquanto a Ásia e a Oceania ainda estão a recuperar e esperam atingir os níveis pré-pandémicos em meados de 2024.

Dados do Departamento de Estatísticas do Trabalho dos Estados Unidos também mostraram que, pela primeira vez desde o início da pandemia, o número de pessoas entrevistadas que afirmavam estar de férias já era superior do que as afastadas por motivo de doença. Segundo Jamie, tais informações trazem-nos otimismo, uma vez que a pior fase da pandemia já passou.

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2. A maior parte desta recuperação é impulsionada pela procura interna

Os EUA não só se haviam recuperado em abril de 2021, mas em 2022 registaram um crescimento anual de 25%.

Grande parte desse crescimento veio de opções de lazer e destinos mais remotos que são populares entre viajantes domésticos, como praias, montanhas, lagos e pequenas cidades, e comunidades rurais. 

A procura por opções de montanha e lago mostrou-se especialmente resiliente durante a pandemia, tendo apresentado uma queda negativa apenas nos três meses de abril a maio de 2020, continuando a crescer no restante período. 

Mesmo que o distanciamento social tenha chegado ao fim, a mudança para locais rurais continua com a procura por tais locais acima dos 156% em comparação com 2019.

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3. As estadias internacionais ainda se encontram com valores muito baixos

Apesar do regresso das viagens domésticas, a indústria ainda está a aguardar o regresso total dos viajantes internacionais para alojamentos para férias nos EUA.

No terceiro trimestre de 2022, os viajantes internacionais que se hospedaram em alojamentos para férias nos EUA caíram cerca de 19% em comparação com os níveis de 2019. Mas há razão para sermos otimistas. O regresso total das viagens internacionais poderia ser um grande catalisador para 2023, alimentando ainda mais o crescimento na indústria.

4. Os destinos urbanos são os mais afetados por estas alterações

A pandemia afetou naturalmente a procura, mas também a oferta.

Grandes destinos internacionais como Sydney, Londres, Barcelona, Roma, Paris, Nova Iorque e Los Angeles apresentaram uma queda tanto na oferta como na procura – com Amesterdão a apresentar uma queda de quase 60% em ambas.

Isto resulta, em termos gerais, de três fatores: 

  • Diminuição geral da procura causada pela pandemia
  • Novos regulamentos em torno do alojamento para férias (ou uma aplicação mais rigorosa da regulamentação existente) 
  • Menor procura dos viajantes de negócios

O resumo de Jamie foi simples: “Suspeito que muitos destes mercados nunca voltarão aos níveis de 2019.”

5. Mas as cidades mais pequenas e as áreas suburbanas estão a colher os frutos

Embora a oferta e a procura ainda não tenham regressado às grandes cidades do mundo, as cidades menores estão a registar grandes aumentos em ambas as vertentes.

Nos EUA, sítios como Austin, Texas, Santa Rosa/Rosemary Beach, Flórida e Gulf Shores/Mobile, Alabama estão todos a assistir a um aumento na oferta e na procura.

Aliás, na Cidade do Panamá, Flórida, registou-se um aumento de quase 80% nos registos de alojamentos e quase 60% na procura.

Este fenómeno deve-se grande parte à mudança nas atitudes dos viajantes, mas também à procura por alojamentos temporários por parte de um público não direcionado para férias – como as pessoas que se mudam para uma nova região por motivos profissionais.

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6. A ocupação é tecnicamente baixa – mas é de altos históricos

Uma das poucas áreas onde os EUA viram um declínio durante 2022 foi na ocupação. Mas, tecnicamente no papel, isto não conta toda a história. Na verdade, isto é resultado de mudanças mais abrangentes no mercado que distorceram os dados ao longo de 2021.

Em 2020, e continuando em 2021, houve uma queda na procura nos EUA, resultando numa redução de 25% na oferta de alojamentos para férias. Mas mais tarde nesse ano, a procura voltou em forte e muito mais rápido do que a oferta poderia voltar. À medida que a procura ultrapassava a oferta, as taxas de ocupação aumentavam. 

Agora, está a acontecer o oposto – a oferta está a regressar e a superar a procura.

Para enfatizar realmente o seu ponto, Jamie reforçou que 2021 registou "provavelmente um nível de ocupação que a indústria nunca mais verá novamente". Assim, é menos uma tendência preocupante e mais um regresso à normalidade.

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7. A tarifa média diária (ADR) aumentou aproximadamente em linha com os hotéis

Estudos mostraram que, depois da localização, o preço é o segundo fator mais importante que influencia a escolha dos consumidores por um alojamento de férias em vez de um hotel.

As opções de alojamentos para férias são muitas vezes sensíveis ao preço, especialmente para quem tem crianças ou se hospeda por longos períodos. É, portanto, importante notar que os preços para alojamentos para férias são, em média, cerca de 35% mais elevados nos EUA do que em 2019 – crescendo a um ritmo mais rápido do que os hotéis. 

No entanto, um desafio ao monitorizar os alojamentos para férias é que cada unidade é diferente. Isto significa que as unidades disponíveis agora não são as mesmas de 2019, por isso é difícil oferecer uma comparação direta. Há também o fator de mudança nas exigências dos consumidores – muitos viajantes preferem agora acomodações maiores do que em 2019.

Uma vez que estes fatores são contabilizados, o aumento real do ADR nos EUA está mais próximo dos 18% – quase o mesmo que os hotéis.

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8. Há muitas razões para estar otimista para 2023 

Embora haja uma expectativa mais ampla de uma recessão em 2023, há razões para estar otimista de que o impacto na indústria hoteleira será mínimo, incluindo:

  • Crescimento do emprego – estudos nos Estados Unidos mostram um aumento de 4,3 milhões de postos de emprego no último ano, e os ciclos anteriores têm demonstrado consistentemente que, quando as pessoas estão empregadas, é mais provável que façam uma viagem de férias
  • Hábitos de consumo – embora tenham havido mudanças no poder de compra do consumidor nos EUA, grande parte da redução ocorreu em relação a bens e não a serviços
  • Cenário favorável – com todas as possíveis melhorias previstas para 2023, como o retorno da procura internacional, há muitos elementos que podem contrabalançar qualquer desaceleração

Isto também está a ser mostrado nos dados atuais da atividade da AirDNA.

Em termos de noites de estadia nos Estados Unidos, fevereiro aumentou 18% de ano para ano, mostrando que as pessoas ainda estão a viajar. Em seguida, olhando para o futuro, as reservas para destinos nos EUA feitas em fevereiro para datas futuras aumentaram 15% de ano para ano.

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Aliás, as previsões mais amplas da AirDNA esperam que a procura aumente 10,6% em 2023. Também é esperado que o aumento na tarifa média diária (ADR) seja de 1,7%, mas está previsto que a receita por quarto disponível (RevPAR) seja ligeiramente menor em 0,7%, uma vez que as empresas precisam de absorver alguns custos adicionais.

Estes números funcionam sob o pressuposto de que uma recessão acontece. Se essa suposição estiver errada, a perspetiva poderia ser ainda melhor.

 

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Ponto-chave

Principais conclusões com base nos dados de alojamentos para férias da AirDNA

  • Os mercados globais estão a recuperar bem – especialmente com a procura interna
  • Embora as grandes cidades e as zonas urbanas sejam as mais atingidas, as cidades mais pequenas e os subúrbios estão a ver aumentos tanto na oferta como na procura.
  • Tendo em conta a evolução da oferta e das exigências dos consumidores, o ADR está a aumentar aproximadamente em linha com os hotéis
  • Mesmo que aconteça uma recessão, o impacto das viagens nos alojamento para férias deve ser mínimo